Erico Veríssimo em Olhai os lírios do campo

Personagens: Eugênio Pontes e Olívia.

O livro é basicamente contar a trajetória de Eugênio e sua redenção, com os fatores da vida que o levaram a isso. A primeira parte do livro, em que Eugênio corre contra o tempo em agonia para encontrar Olívia ainda com vida, narra os debates internos de Eugênio consigo mesmo. Nessa primeira parte do livro não é seguida uma narrativa linear, alternando lembranças do passado. Para mim o foco do livro é esmiuçar o lado psicológico do protagonista, e levar o leitor a entender a mudança propiciada no personagem levada pelo seu relacionamento com Olívia. Lendo as cartas deixadas por Olívia, após sua morte, Eugênio tem os seus momentos de epifania, o que muda todo o rumo de sua vida.

A segunda parte do livro acaba sendo extensa desnecessariamente, ela poderia ter sido finalizada na metade da segunda parte. As últimas 40, 50 páginas já não acrescentam nada ao enredo, porque o conflito, o desfecho do personagem se deu na metade da segunda parte. Além disso, a maioria dos personagens secundários são totalmente supérfluos no livro.

É um bom livro de Erico Veríssimo, mas não excelente como “Incidente em Antares” (que foi o outro que já li dele). E que acredito deva ser, também, excelente a série “O Tempo e o Vento” que pretendo ler nos próximos meses.

Concluindo a minha experiência de leitura, não é um livro que me cativou, o que aconteceu quando li “Incidente em Antares”.